Descrição enviada pela equipe de projeto. O casal procurou por 4 anos um profissional que conseguisse traduzir suas ideias sobre uma casa de campo, até se identificar com o trabalho do arquiteto David Guerra. Essa história é marcada também pela coincidência de que a arquiteta da mãe da proprietária, Freusa Zechmeister, foi onde David Guerra trabalhou e aprendeu a dar o contorno a sua arquitetura do afeto.
O conceito da casa de campo nessa área de reserva do condomínio era fazer um refúgio para o lazer, que fundisse com o entorno e trouxesse a natureza para emoldurar as aberturas da casa. Uma casa confortável e calma, onde se pudesse usufruir de tranquilidade e paz, ao mesmo tempo aconchegante e vigorosa, com cores intensas e materiais naturais como madeiras, pedras e revestimentos cimentícios.
Uma casa com ambientes fluidos, integrados e espaçosos, pés-direitos altos e luz abundante. Um lugar onde o tempo é para usufruir com os familiares e amigos com uma boa comida e boa conversa. Um lugar para uma caminhada junto à natureza, inspirando boas ideias e motivando o trabalho no atelier. Terraços para uma boa leitura ao ar livre e um banho de sol. Natureza que inspira o cultivo das plantas e os momentos de diversão com os cães.
Tanto na arquitetura como na decoração, que também é fruto do trabalho do arquiteto David Guerra, a casa tinha que refletir o espírito dessa família de artistas, festiva, despojada e amante da natureza. A mãe, uma empresária no setor de bijouterias; o filho Bruno Cançado, um artista revelação da SP ARTE e ganhador de vários prêmios; o filho Henrique Cançado, designer proprietário da marca TOMADA.LU, que fabrica luminárias de Conceito.
Assentados em um terreno íngreme, os vários blocos, os terraços suspensos e os planos inclinados dos telhados foram elementos utilizados para criar movimento na volumetria da casa. No primeiro nível, encontram-se terraço gramado, deck, piscina, sauna, ducha, banho lazer, varanda, cozinha gourmet, cozinha, sala de jantar, sala de estar, adega, sala de TV, lavabo e atelier, criando uma fluidez na casa. No mesmo nível, temos ainda garagem, depósito, lavanderia, banho e quarto de serviço. No segundo nível fica a área intima com a rouparia.
A madeira de demolição, trazida da antiga fazenda do pai, se encontra por toda a casa. Buscando garantir peças esbeltas e que vencessem grandes vãos, optou-se pelo uso de estrutura metálica no volume das salas.
Esta foi toda revestida em madeira de demolição. O objetivo das escolhas dos materiais era aliar beleza e aconchego com a facilidade de manutenção, além do contraste entre materiais naturais e tecnológicos, como madeira de demolição, pedra, barro, ladrilho, tecnocimento, estrutura metálica, aço inox, vidros laminados, pastilhas de vidro, alumínio anodizado, e outros. A ventilação cruzada tornou o ambiente extremamente confortável. Portas de madeira maciça e a utilização de madeira em piso, paredes e teto, favorece a absorção de ruídos, aumentando o conforto acústico. A escolha do mobiliário não se ateve a modismos, buscando retratar a multiplicidade com as histórias pessoais de cada um, suas referências e valores com as possibilidades do mercado.
O mobiliário passeia entre peças antigas que foram herdadas da avó e da mãe da proprietária, que nos anos 70 tinha sua casa toda mobiliada com peças do designer Sérgio Rodrigues adquiridas na extinta Loja OCA, além de peças de outros designers brasileiros como Jorge Zalzsupin, Paulo Alves, Hugo França, Porfirio Valadares. A mistura de materiais passa também pelos móveis, que vão dos clássicos e dos rústicos aos mais contemporâneos, todos com fluidez e leveza para se ver através a paisagem.
Obras de Bruno Cançado fazem as composições com as obras de Franz Weissman, Amilcar de Castro, José Bento, Thais Helt, Ricardo Homem, Regina Silveira, Lorenzato, Paulo Lender, Marcos Vinícius, Isaura Pena, Jomar Bragança, Marina RB, Rachel Gelenius, Samantha Bittman e Olek.